Transações anônimas com criptomoedas podem ser restritas na Europa

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Por Roseli Andrion

Transações anônimas com criptomedas podem estar com os dias contados na Europa. O bloco quer restringir as ações de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo para proteger o sistema financeiro da Comunidade Europeia.

Um pacote apresentado nesta terça-feira (20) contém propostas legislativas sobre o tema. Elas incluem a criação de um órgão para transformar a supervisão das práticas de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo e a imposição de um limite de € 10 mil (R$ 61.500) em operações em dinheiro.

Imagem: Reprodução/Elements/formatoriginal

Além disso, será necessário incluir nome, endereço, data de nascimento e detalhes bancários do remetente, bem como nome do destinatário nas operações. “A Comissão vai oferecer acesso ao sistema às autoridades policiais. Isso vai acelerar as investigações e a recuperação de recursos em casos internacionais.”

Segundo o documento, essas emendas devem garantir rastreamento completo de transferências de criptoativos, como a bitcoin. “As carteiras anônimas serão proibidas, assim como contas bancárias anônimas já o são”, descreve.

Todos os criptoativos devem ser afetados pelas medidas. “A luta contra lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo é vital para garantir a estabilidade e a segurança financeiras na Europa”, diz a proposta. “Lacunas legislativas em qualquer um dos estados têm impacto em toda a União Europeia.”

Agora, o pacote segue para aprovação do Parlamento e do Conselho Europeus. A expectativa é que o órgão entre em operação até 2024.

Sequestro de sistemas

Imagem: Reprodução/Unsplash/Max Bender

As criptomoedas estão no centro de muitos ciberataques recentes. É comum que elas sejam exigidas por criminosos em ataques de ransomware, em que os golpistas sequestram o sistema das empresas e exigem pagamento de resgate, já que as transações são anônimas ou difíceis de rastrear. 

Nos EUA, a administração de Joe Biden tem buscado intensificar os esforços de rastreamento de criptomoedas usadas em ciberataques. O governo americano planeja oferecer recompensas de até US$ 10 milhões por informações que ajudem a capturar os criminosos.

FONTE: CANALTECH

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