Ataque a empresas financeiras sobe 40 vezes com home office

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Segundo o FSB, phishing, malware e ransomware passaram de menos de 5.000 por semana para mais de 200 mil por semana entre fevereiro de 2020 e abril deste ano

O trabalho home office de funcionários de empresas de serviços financeiros, em função da pandemia do novo coronavírus, abriu inúmeras brechas de segurança, o que fez com que ser tornassem alvos de phishing, malware e ransomware, de acordo com um relatório do Conselho Internacional de Estabilidade Financeira (FSB), divulgado na terça-feira, 13. Segundo o FSB, esses crimes passaram de menos de 5.000 por semana para mais de 200 mil por semana entre fevereiro de 2020 e abril deste ano.

Estabelecido após a cúpula do G20, grupo dos 20 países mais ricos do mundo, em Londres, em abril de 2009, o FSB faz recomendações sobre o sistema financeiro global e coordena as normas financeiras para o grupo de nações do G20 de forma não vinculativa. “Os acordos de trabalho em casa impulsionaram a adoção de novas tecnologias e acelerou a digitalização dos serviços financeiros, o que impulsionou os ataques de phishing, malware e ransomware”, afirma o relatório.

O relatório afirma também que a maior dependência de redes privadas virtuais (VPNs) e pontos de acesso Wi-Fi inseguros “representam novos tipos de desafios em termos de patching e outros problemas de segurança cibernética”, já que os departamentos de TI têm que travar uma luta árdua para proteger os funcionários remotos.

O relatório diz que os fornecedores externos também criaram brechas para os criminosos explorarem. Segundo o documento, embora muitas empresas tenham optado por contratar provedores serviços de nuvem para suportar o teletrabalho, o que de certo modo melhorou a resiliência operacional das instituições financeiras, o aumento do uso desses serviços pode dar origem a novos desafios e vulnerabilidades.

O relatório, contudo, prevê que o trabalho home office não vai acabar. Ele se baseia em estudo do Gartner que prevê que quase metade dos trabalhadores trabalharão remotamente em 2022 ou de forma híbrida. Segundo a pesquisa, um em cada cinco Googlers – como são chamados os funcionários da Google – não pretende voltar ao escritório, apesar de todos os atrativos, como os lanches grátis, salas de cochilo, a chance de trabalhar sem crianças interrompendo.

O relatório também sugere que o “novo normal” para o trabalho e para a economia mundial está longe de ser resolvido. “Qualquer análise nessa fase precisa ter em mente que a pandemia ainda não acabou e que seu impacto econômico e financeiro foi amplamente mitigado por ações políticas ousadas.”

O FSB sugere que as instituições ajustem adequadamente seus processos de gerenciamento de risco cibernético, relatórios de incidentes, operações de recuperação e resposta e como gerenciam a nuvem e outros serviços de terceiros.

O relatório é uma análise preliminar do impacto da pandemia na estabilidade financeira. Um relatório de acompanhamento para descrever as próximas etapas está programado para outubro.

FONTE: CISO ADVISOR

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