Pela primeira vez na história, G7 cita crime cibernético como ameaça global

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Entre os dias 11 e 13 de junho, os líderes de sete países considerados as maiores potências do mundo — Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos — se reuniram em Cornualha (Inglaterra) para a 47ª reunião da cúpula do G7. Esse aguardado evento anual costuma ser palco para discussões pautadas em temas políticos, econômicos e sociais; como já era esperado, a recuperação pós-pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV2) foi um dos assuntos mais debatidos. Porém, também chama atenção que, pela primeira vez na história, o G7 também conversou sobre o cibercrime.

Em uma carta pública emitida logo após o término da conferência — e assinada pelos presidentes de todos os países participantes —, o grupo aborda questões fundamentais do ambiente cibernético e ressalta o perigo do aumento no número de ataques de ransomwares. “Nós clamamos a todos os países que identifiquem e interrompam urgentemente redes criminosas de ransomware operando em seus territórios, além de responsabilizar essas redes por suas ações”, afirma o comunicado.

Em outro trecho, o G7 se foca especificamente na Rússia, pedindo que a nação adote medidas contra criminosos “que conduzem ataques de ransomware, abusam de moedas virtuais para lavagem de resgates e cometem outros crimes cibernéticos”. Vale ressaltar que, embora não haja provas concretas de que a maioria das gangues que operam ransomwares-como-serviço (ransomwares-as-a-service ou RaaS) sejam de origem russa, essa é a teoria mais aceita comumente. A ex-União Soviética, aliás, era membro do até então G8; foi retirada, porém, após os outros estados irem contra a anexação da Crimeia.

Além dos ransomwares, o comunicado também cita a adoção de “mais medidas para otimizar a segurança na internet e rebater o discurso de ódio, enquanto protegemos os direitos humanos e liberdades fundamentais, incluindo a livre expressão”.

A cúpula também comenta sobre a importância de proteger cadeias de suprimentos. “Reconhecendo o papel fundamental que as infraestruturas de telecomunicações, incluindo o 5G e as tecnologias de comunicação futuras, têm e terão ao sustentar nossa infraestrutura digital e de TIC mais ampla, vamos promover segurança, resiliência, competitividade, transparência, sustentabilidade e diversidade digital”.

O comunicado pode ser lido na íntegra (em inglês) através deste link.

FONTE: THE HACK

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