“Sem cibersegurança, não haverá segurança nacional”, diz Wong Sio Chak

Views: 284
0 0
Read Time:4 Minute, 39 Second

Numa mensagem divulgada na página oficial do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak assumiu que os desafios no combate à criminalidade informática implicam um compromisso geral de todos os sectores da sociedade e que, em matérias de cibersegurança, não se pode depender “apenas do esforço do Governo”. Sobre os ataques informáticos aos Serviços de Saúde no início de Maio, Wong Sio Chak assegurou que as autoridades vão reforçar os esforços na protecção dos interesses vitais da população e reforçou a ideia que “sem cibersegurança, não haverá segurança nacional”.

O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, alertou ontem para o aumento dos riscos de cibersegurança em Macau e frisou que a implementação gradual da lei de Cibersegurança e a criação do Centro de Alerta e Resposta a Incidentes de Cibersegurança (CARIC) não irá acabar com os ataques informáticos no território, antes pelo contrário. Numa mensagem divulgada na página oficial da Secretaria para a Segurança, Wong Sio Chak fez um apelo a todos os sectores da sociedade para que assumam “as próprias responsabilidades” na construção de “uma linha sólida de defesa de cibersegurança”, uma vez que “em todos os lugares da internet há manipuladores do mal nos bastidores e vírus”.

“Com o rápido desenvolvimento da internet, a cibersegurança tornou-se uma parte importante da segurança nacional. Sem cibersegurança, não haverá segurança nacional; sem cibersegurança, não haverá desenvolvimento estável quer na economia, quer na comunidade; sem cibersegurança, será difícil garantir os interesses vitais da população”, começou por escrever Wong Sio Chak, acrescentando depois que a “alta incidência de ataques cibernéticos em todo o mundo” são uma “ameaça para os interesses da segurança” de Macau, nomeadamente os recentes ataques aos Serviços de Saúde no início de Maio.

Para Wong Sio Chak, os ataques por negação de serviço distribuído (DDoS) aos sistemas informáticos das infra-estruturas críticas de alguns serviços públicos e privados de Macau “deram a possibilidade de perceber que a cibersegurança não somente está relacionada com a segurança nacional e local, como também com a nossa vida quotidiana”.

“Nesta era de internet, ninguém pode ficar sem internet, quer seja organização ou indivíduo particular; todos poderão ser verdadeiramente ameaçados pelo crime cibernético. Por conseguinte, a salvaguarda de cibersegurança é tarefa de serviços, empresas e cidadãos e também responsabilidade de toda a comunidade, sendo necessário que toda a população colabore e assuma as suas responsabilidades”, indicou o secretário para a Segurança.

Apesar da entrada em vigor da lei de cibersegurança em Junho de 2019, Wong Sio Chak recordou que a criação do CARIC e a implementação gradual de um regime jurídico “não implicam que os ataques cibernéticos não mais aconteçam, que o espaço cibernético se tornará pacífico e que os utentes das redes não precisarão de preocupar-se”. Antes pelo contrário, para Wong Sio Chak, com a integração mais profunda entre a internet e a sociedade, o desenvolvimento económico e a vida humana, e ainda, a complexidade desse género de crimes, “os riscos de cibersegurança não estão a diminuir, mas sim a aumentar gradualmente, e a espalhar-se rapidamente por diversas áreas de segurança da sociedade, país e regiões.” 

“Por isso, em termos de salvaguarda de cibersegurança, não se pode baixar a guarda, nem se pode depender apenas do esforço do Governo. Cada empresa e cada indivíduo devem, quando fruem das facilidades trazidas pelo uso da rede, dar importância às suas próprias responsabilidades e assumi-las, conhecendo os riscos de cibersegurança, melhorando o sentido de segurança, reforçando a protecção neste âmbito, construindo juntos uma linha de defesa de cibersegurança”.

Criminalidade informática deve ser combatida por todos sectores da sociedade

No entender de Wong Sio Chak, as entidades governamentais com responsabilidade no sistema de gestão de cibersegurança “devem cooperar e desempenhar as suas funções próprias”, e assegurou que o CARIC “irá continuar a melhorar o seu trabalho em termos de alertar sobre os riscos, intervir e coordenar quando há incidentes e dar apoio administrativo e técnico, mantendo-se também em estreita cooperação com a Divisão de Investigação de Crimes Informáticos e Divisão de Informática Forense, da Polícia Judiciária, no sentido de aperfeiçoar a capacidade de prevenção e combate ao crime cibernético”.

Para além disso, o secretário para a Segurança assegurou também que “as entidades de supervisão das diversas áreas e sectores irão monitorar e promover o cumprimento dos deveres legais dos operadores das infra-estruturas críticas” de forma a proteger o “funcionamento seguro e estável de vários sistemas cibernéticos importantes”.

Já os operadores das infra-estruturas críticas devem “colaborar com as entidades de supervisão, cumprir com firmeza os deveres previstos na lei”, assim como “satisfazer plenamente os requisitos legais e técnicos, reforçar as medidas de protecção do sistema cibernético, bem como aumentar o nível de gestão e a tecnologia de cibersegurança, a fim de que a segurança das redes de Macau seja eficazmente protegida”.

Por fim, Wong Sio Chak lançou um apelo a todos os sectores da sociedade no combate à criminalidade informática. “Considerando que em todos os lugares da internet há manipuladores do mal nos bastidores e vírus, para a protecção de cibersegurança, a par das partes intervenientes do sistema de gestão de cibersegurança e dos operadores, necessitamos ainda da participação de outras organizações da sociedade e dos numerosos internautas, melhorando o seu sentido de legalidade e de cibersegurança e de aprendizagem de técnicas indispensáveis de identificação e protecção contra os riscos cibernéticos. Quando cada organização e internauta na sociedade tiver em mente a protecção de cibersegurança e considerar como própria essa responsabilidade, concretizando-a em acções, constituirá uma pedra fundamental ampla e firme em relação à cibersegurança”, concluiu.

FONTE: PONTO FINAL

POSTS RELACIONADOS