Segurança pode acelerar transformação digital no Brasil

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Estudo “Estratégias para um futuro cibernético” mostra a disposição dos empresários para investir caso haja aumento da segurança cibernética

A consultoria Deloitte publicou ontem no Brasil os resultados de uma pesquisa cujas conclusões incluem a de que uma estrutura de segurança cibernética robusta pode aceleração da transformação digital das empresas. Isso permitiria às organizações explorar novas estratégias e tecnologias para alavancarem seus negócios. Com o nome de “Estratégias para um futuro cibernético”, a pesquisa mostra a disposição dos empresários para investir caso houvesse um aumento da percepção da segurança cibernética.

As empresas participantes apontaram que aumentariam os seguintes investimentos: customer marketing (62%), automação dos processos operacionais (59%), trabalho remoto (58%), indicadores em tempo real (58%), paperless (57%), cloud pública/híbrida (56%), expansão de canais digitais de comunicação e relacionamento (54%), expansão de canais digitais de venda (52%), monitoramento e prevenção de riscos (49%), ecossistema de pesquisa e desenvolvimento (43%) e gestão integrada da cadeia de suprimentos (41%). Os entrevistados apontaram que a receita decorrente dos investimentos em segurança cibernética pode aumentar, em média, 7,5% a partir da expansão de canais de venda, e 6% a partir das estratégias de customer marketing e do ecossistema de P&D.

Mais da metade (56%) dos participantes do levantamento acredita que investimentos nessa área e em privacidade de dados podem alavancar os negócios. Entre os 44% de empresários que não acreditam ou não sabem dizer se os investimentos em segurança cibernética podem alavancar os negócios, quase todos (90%) indicaram que investiriam em pelo menos uma iniciativa para impulsionar os negócios caso tivessem maior segurança cibernética.

De acordo com a pesquisa, pouco mais da metade (53%) das organizações que sofreram ataques cibernéticos adotaram tanto novas tecnologias quanto promoveram a revisão de sua governança cibernética. Após sofrerem os ataques, 98% das organizações fizeram mudanças na segurança, investimentos em tecnologias ou reavaliaram a continuidade de projetos de inovação. As principais mudanças após os ataques foram a atualização da infraestrutura de TI (58%), criação de programa de conscientização (49%), maiores investimentos em segurança cibernética (47%), maior monitoramento dos incidentes (47%) e revisões de configurações de ambientes em cloud (33%).

Investimentos em segurança cibernética e privacidade de dados

Entre os entrevistados, 41% já sofreram ataques cibernéticos. Dessas organizações, a ampla maioria (89%) realizou investimentos na área. Já entre os 49% dos participantes que não sofreram ataques, 69% investem em segurança cibernética. 10% dos entrevistados não sabem se já sofreram ataques cibernéticos. Das 56% das empresas que acreditam que os investimentos na área podem alavancar os negócios, a maioria (84%) já investe em segurança. Já 56% acreditam que o investimento em privacidade de dados pode contribuir com ganhos em seus negócios, especialmente em termos de segurança e confiança perante os clientes.

No contexto da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor no ano passado, a governança e a administração de acessos pelos profissionais aos dados pessoais e sensíveis relacionados ao negócio são a prática mais adotada pelas empresas respondentes (61%). Contudo, outras iniciativas importantes, como capacitação de pessoas (44%), gestão de riscos e de governança da segurança da informação (39%), gestão de vulnerabilidades (38%) e monitoramento de redes (36%) são implementadas por menos da metade dos participantes.

Metodologia do estudo

A pesquisa “Estratégias para um futuro cibernético”, realizada pela Deloitte, contou com a participação de 122 empresas, das quais 27% faturaram mais de R$ 1 bilhão em 2020. Entre os respondentes, 94% ocupam cargos executivos (presidência, diretoria ou gerência) em suas organizações. As empresas participantes atuam nos setores de TI e telecomunicações (27%), serviços (22%), infraestrutura e construção (16%), bens de consumo (14%), serviços financeiros (8%), agronegócio, alimentos e bebidas (7%) e comércio (6%). As respostas foram coletadas entre fevereiro e março de 2021.

FONTE: CISO ADVISOR

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