Ciberataque atinge organização da Olimpíada de Tóquio

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Felipe Demartini

O comitê de organização da Olimpíada de Tóquio foi alvo de um ciberataque que levou ao comprometimento de dados de pelo menos 150 pessoas envolvidas no evento. Entre as informações obtidas pelos criminosos estariam nomes completos, detalhes profissionais e cargos em organizações ligadas aos Jogos Olímpicos, com cerca de 100 empresas ou entidades tendo informações obtidas pelos terceiros maliciosos.

São poucas as informações disponíveis, mas, de acordo com o que está sendo veiculado na imprensa japonesa, o ataque seria uma decorrência da intrusão aos sistemas da Fujitsu, uma das fornecedoras de softwares para a organização da Olimpíada. O golpe teria ocorrido em maio, a partir de uma plataforma de gerenciamento de projetos chamada Project Web, com o ataque, ironicamente, focando nos participantes recentes de um treinamento em cibersegurança.

O seminário teria acontecido também em maio e foi presidido pelo Centro Nacional de Estratégia e Preparação para Incidentes em Cibersegurança (NISC, na sigla em inglês). O evento envolveu testes de identificação de ataques pelos trabalhadores do comitê de organização e informações sobre vetores de intrusão; agora, o próprio órgão está trabalhando ao lado dos indivíduos afetados para garantir a segurança de suas identidades e acesso aos sistemas da organização.

As informações divulgadas oficialmente, como dito, são poucas e não existem relatos sobre a extensão do ataque ou indícios de mal uso das informações obtidas pelos criminosos. Da mesma forma, as autoridades não falaram sobre o impacto do golpe sobre a organização dos Jogos Olímpicos, que já se encontra sob pressão o bastante enquanto começa a receber as primeiras delegações internacionais e lida com o aumento de casos de contaminação pelo coronavírus no Japão.

A situação, inclusive, estaria causando um racha entre o Comitê Olímpico Internacional (COI) e representantes japoneses ligados à organização, que afirmam que a entidade global estaria ignorando temores quanto à saúde pública na capital nipônica e forçando a realização dos jogos. Pedidos de adiamento e cancelamento teriam sido negados e, pelo menos por enquanto, a abertura da Olimpíada de 2020 — o nome é mantido, já que o evento deveria ter ocorrido no ano passado — segue marcada para o dia 23 de julho, com eventos acontecendo até meados de agosto.

Este também não é o primeiro caso de ataque desse tipo a grandes competições esportivas. Em 2018, a organização dos Jogos Olímpicos de Inverno, na Coreia do Sul, foi alvo de ataques que impediram até mesmo o acesso de espectadores à cerimônia de abertura. Em 2014, sites da Copa do Mundo, sediada no Brasil, também foram desfigurados ou retirados do ar por atacantes, inclusive conterrâneos, que protestavam contra os altos investimentos feitos para sediar a competição por aqui.

FONTE: YAHOO

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