Estudo traz cenário apocalíptico para a cibersegurança em 2030

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Por Felipe Gugelmin

Ao mesmo tempo em que o avanço tecnológico e a implementação da inteligência artificial em novas áreas devem trazer benefícios para a vida humana, isso também pode representar um risco à nossa segurança. Quem faz o alerta são os pesquisadores Victoria Baines, da Universidade de Oxford, e Rik Ferguson, da empresa de segurança Trend Micro, que divulgaram esta semana o estudo “Projeto 2030: Cenários para o Futuro da Cibersegurança”.

Baines e Ferguson descrevem um mundo em que a humanidade estará mais conectada, dependendo de dispositivos sem fio que monitoram a saúde e cuidam da aplicação de medicamentos. Ao mesmo tempo, os crimes vão ser mais sofisticados e automatizados: inteligências artificiais vão assumir o controle de tarefas repetitivas e vão ter grande efetividade em encontrar novas vítimas.

“Todas as organizações e setores da sociedade vão usar ferramentas de inteligência artificial”, afirma o estudo. Como isso também inclui criminosos que atuam de forma individual, em grupos ou em nome de nações-estado, novos métodos de ataque e alvos vão surgir e há a possibilidade de que métodos de ataque já conhecidos ganhem novos vetores para agir.

“Na era da Grande Internet das Coisas (MIoT) e 5G, tudo se conecta através de um SIM”, descreve a pesquisa. No entanto, os pesquisadores reconhecem que esse cenário não deve acontecer de forma igual em todo o mundo, sendo mais plausível em algumas áreas do que em outras, nas quais vai se tornar inevitável.

Avanços vão trazer novas opções para criminosos

Segundo o estudo, o avanço tecnológico vai permitir que pessoas sem quase nenhuma especialização técnica também realizem ataques e cometam crimes através do meio virtual. “Isso pode causar uma explosão no número daquela classe de cibercriminosos que é mais pastor/gerente do que hacker”, afirma.

Além de os ataques do futuro trazerem mais perigo a cadeias de produção e até mesmo prejudicar pessoas fisicamente (através da invasão de implantes ou interfaces conectadas diretamente ao cérebro), eles também poderão ser usados para alterar nossas visões de mundo. “A engenharia social como um vetor de ameaça pode ser mais difícil de resistir em ambientes no qual o imediatismo da experiência vai exigir reações mais rápidas e uma redução na distância crítica”.

Embora o cenário descrito por Baines e Ferguson pareça fruto da ficção, os pesquisadores lembram que, em 2021, criaram um relatório semelhante projetando o ano de 2020 que se mostrou bastante acertado. Os pesquisadores não trazem no relatório muitas sugestões de como poderemos nos proteger das novas ameaças, indicando que tanto governos quanto empresas e indivíduos vão ter que se adaptar para resistir e, em muitos sentidos, se adaptar a uma sociedade marcada pela mudança de conceitos básicos como ética, confiança e autenticidade.

FONTE: CANALTECH

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