Seguradora sofre ataque virtual após encerrar suporte a vítimas de ransomware

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Por Felipe Gugelmin

Uma das maiores seguradoras do mundo, a AXA passa por uma situação no mínimo irônica no momento atual. Poucos dias após anunciar que vai parar de dar suporte a empresas vítimas de ataques via ransomware, ela se viu alvo de um software malicioso que bloqueou o acesso a seus servidores e exige um pagamento para liberá-los — em outras palavras, um ransomware.

Os criminosos afirmam ter obtido um total de 3 terabytes em dados, incluindo registros médicos e comunicações realizadas com hospitais e profissionais da saúde. Em um comunicado reproduzido pela ABC News, a AXA confirmou que os alvos dos ataques foram suas operações em quatro países asiáticos, sendo que as informações roubadas pertenciam à sua sede na Tailândia.

A companhia afirma que vai tomar “os passos necessários para notificar e dar suporte a todos os clientes corporativos e indivíduos impactados” após uma investigação interna do ocorrido. Como resultado do ataque, o portal da AXA Filipinas se encontra temporariamente fora do ar e, no Facebook, a empresa pediu que seus clientes entrem em contato através de ligações telefônicas.

Grupo responsável dá data para o pagamento do resgate

O grupo responsável pelo ataque, identificado como Avaddon, ameaçou divulgar “documentos valiosos” da AXA em um prazo de 10 dias caso a empresa não pague o resgate, que não teve seu valor divulgado. Recentemente, a companhia afirmou que deixaria de oferecer o reembolso do dinheiro usado para pagar criminosos em ataques de ransomware realizados na França — segundo ela, ceder aos criminosos só ajuda a estimular a ocorrência de novos ataques.

A situação acontece em um momento no qual aumentam os ataques contra companhias de todo o mundo — segundo a Check Point Research, 1 mil organizações ao redor do mundo foram o alvo de criminosos a cada semana durante o primeiro trimestre de 2021. Isso tem feito aumentar a demanda pelos chamados “cyber seguros”, que não protegem contra ataques, mas asseguram um menor prejuízo financeiro a companhias vítimas deles — a previsão da Alper Consultoria é que a procura por soluções do tipo cresça 30% este ano.

FONTE: CANALTECH

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