Ataque no TJ-RS?

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Funcionários estão sem acesso aos sistemas do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no que parece ser o resultado de um ataque hacker.

Segundo o Baguete pôde averiguar com fontes do judiciário, funcionários nos Fóruns não conseguem nem ligar seus computadores, que não reconheceriam o sistema operacional e pediriam um disco de boot. 

Procurado, o Tribunal de Justiça confirmou que enfrenta “instabilidade nos sistemas de informática” e que a equipe de segurança de sistemas orientou os usuários internos a não acessarem os computadores de forma remota, nem se logar nos computadores dentro da rede do TJ.

Ainda de acordo o TJ, o problema está sendo averiguado e ainda não há previsão de retorno.

O Ethemis, sistema de processo eletrônico usado em algumas varas do TJ-RS, assim como o SEEU, o sistema usado para analisar os pedidos dos réus presos e o SEI, voltado para processos administrativos internos do TJ, estão todos operando (só não podem ser acessados, por enquanto).

O software de processo eletrônico Eproc, desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e adotado pelo TJ-RS em 2017, também segue operando.

A especulação das fontes ouvidas pelo Baguete dentro do TJ-RS é que se trata de um ataque de ransomware, no qual hackers bloqueiam acesso aos sistemas para cobrar um resgate.

Até o momento, o TJ-RS não postou nada sobre o assunto no seu site. 

Caso confirmado, este seria o segundo ataque ao TJ-RS em poucos meses. Em novembro, o hotsite informativo do Eproc do TJ-RS foi adulterado por hackers.

Na época, o tribunal garantiu que não houveram danos aos sistemas. Um hacker postou uma foto fazendo um gesto obsceno no site, que esteve fora do ar por cerca de uma hora.

Também em novembro de 2020, hackers atacaram e cripografaram mais de 1,2 mil máquinas virtuais do Superior Tribunal de Justiça, além de destruir seus backups, com um ransomware chamado RansomEXX. Esse ataque parece ter mais pontos em comum com a atual situação do TJ-RS.

Caso seja mesmo um ataque de ransomware, o sistema judicial gaúcho pode se preparar para dias difíceis. 

A correção do problema no STJ durou mais de uma semana, envolvendo equipes do STJ, Microsoft, Atos e Serpro.

FONTE: BAGUETE

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