Estudo da SonicWall mostra como as ameaças evoluíram em 2020

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Os dados do relatório foram coletados de mais de 1,1 milhão de sensores estrategicamente colocados em mais de 215 países

Carlos OssamuComentar

A realidade do trabalho em casa na pandemia resultou em uma mudança sem precedentes para as organizações que lutaram para defender superfícies de ataque exponencialmente maiores de cibercriminosos armados com poderosas ferramentas, armazenamento em Nuvem e alvos infinitos. De acordo com o estudo 2021 SonicWall Cyber ​​Threat Report, conforme os ambientes de trabalho evoluíram, também evoluíram os métodos dos agentes de ameaças e cibercriminosos.

Os dados do relatório foram coletados de mais de 1,1 milhão de sensores estrategicamente colocados em mais de 215 países e territórios ao redor do mundo, bem como vetor cruzado e informações relacionadas a ameaças compartilhadas entre os sistemas de segurança da SonicWall, incluindo firewalls, dispositivos de segurança de e-mail, soluções de segurança de endpoint, honeypots, sistemas de filtragem de conteúdo e a sandbox de vários mecanismos SonicWall Capture Advanced Threat Protection (ATP).Foi registrado um aumento de 62% no ransomware globalmente e um pico de 158% na América do Norte. Isso indica que os cibercriminosos estão usando táticas mais sofisticadas e variantes mais perigosas, como o Ryuk

“O ano de 2020 ofereceu uma tempestade perfeita para os cibercriminosos e um ponto crítico para a corrida armamentista cibernética”, disse Bill Conner, presidente e CEO da SonicWall. “A pandemia – junto com o trabalho remoto, um clima político carregado, preços recordes de criptomoeda e agentes de ameaças que usam ferramentas e armazenamento em Nuvem – levou a eficácia e o volume dos ataques cibernéticos a novos patamares. O estudo oferece uma visão de como os criminosos cibernéticos mudaram e refinaram suas táticas, pintando um quadro do que estão fazendo em meio ao futuro incerto que se avizinha”, comentou.

O relatório da SonicWall destaca que a Covid-19 propiciou aos agentes de ameaças uma ampla oportunidade para ataques mais poderosos, agressivos e numerosos, prosperando com o medo e a incerteza da força de trabalho remoto, que usam dispositivos móveis para navegar em redes corporativas de casa. “Não existe um código de conduta quando se trata de cibercriminosos, seus métodos de ataque e a seleção de seus alvos”, revelou Conner. “Ameaças que antes se pensava que estariam no mercado em dois ou três anos, agora são uma realidade, com ferramentas do tipo faça você mesmo, baseadas na Nuvem, criando um exército de cibercriminosos armados com a mesma força e impacto devastadores de um estado-nação ou empresa criminosa maior. As organizações devem permanecer vigilantes e proativas para fortalecer sua postura de segurança cibernética”, aconselhou.

Ameaças

De acordo com o relatório, o ransomware atingiu novos patamares, com ataques cada vez mais direcionados. Foi registrado um aumento de 62% no ransomware globalmente e um pico de 158% na América do Norte. Isso indica que os cibercriminosos estão usando táticas mais sofisticadas e variantes mais perigosas, como o Ryuk. Identificado pela primeira vez em agosto de 2018, este malware ficou restrito à América do Norte, Europa e Ásia até janeiro de 2020. No mês seguinte, o Ryuk começou a subir no ranking de ameaças, eventualmente ultrapassando o ransomware Cerber. Com 109,9 milhões de casos detectados em todo o mundo, Ryuk infectou uma máquina a cada 8 segundos em setembro.

O recém-patenteado Real-Time Deep Memory Inspection (RTDMI) da SonicWall, um componente do serviço de sandbox Capture Advanced Threat Protection (ATP) da empresa, descobriu 268.362 novas variantes de malware em 2020, um aumento de 74% em comparação ao ano anterior. O RTDMI foi desenvolvido para detectar e bloquear proativamente malwares desconhecidos, incluindo Office malicioso e tipos de arquivo PDF.

A pesquisa da SonicWall mostra que, com os funcionários trabalhando em casa tempo integral, cresceu o número de malware que usa arquivos do Office e PDFs como veículos maliciosos, com URLs de phishing, arquivos maliciosos incorporados e outras explorações perigosas. Novos dados da SonicWall indicam um aumento de 67% nos arquivos maliciosos do Office em 2020, enquanto os PDFs maliciosos caíram 22%.

O Cryptojacking também bateu recordes, com 81,9 milhões de acessos, um aumento de 28% em relação ao total de 64,1 milhões do ano passado. O Cryptojacking, também chamado de mineração maliciosa de criptomoeda, é um malware que se oculta no computador ou dispositivo móvel e usa os recursos da máquina para buscar dinheiro digital, conhecido como criptomoeda.

Outro destaque do relatório é o crescimento de malware de IoT. Em 2020, os pesquisadores de ameaças do SonicWall Capture Labs registraram 56,9 milhões de tentativas de malware de IoT, um aumento de 66% que mostrou mudanças nas táticas para os cibercriminosos à espreita.

FONTE: INFOR CHANNEL

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