Em meio ao aumento de ciberataques, Oi desenvolve antivírus com IA para defesa em tempo real

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A companhia espera mais que dobrar faturamento na área de segurança corporativa em 2021

De acordo com a pesquisa DT Index 2020, realizada pela Dell, 87,5% das empresas do Brasil realizaram alguma iniciativa voltada à transformação digital no ano passado. O período foi marcado pela massiva digitalização dos negócios impulsionada pela pandemia do novo coronavírus, que obrigou a sociedade a operar via mundo virtual. Apesar de tamanha transformação digital significar avanços, ela também amplia a vulnerabilidade das empresas e pessoas no ambiente online.

O Panorama de Ameaças de 2020, elaborado pela companhia de cibersegurança Kaspersky, aponta que as empresa são alvo de duas a cada três tentativas de ciberataques. O Brasil é alvo de mais da metade (56%) dos ataques ocorridos na América Latina. E a tendência é que eles se intensifiquem em quantidade e sofisticação.

O cenário aqueceu o mercado de segurança cibernética corporativa. A Oi Soluções, por exemplo,registrou crescimento de 48% na receita dos serviços de segurança no período de abril a dezembro de 2020 em comparação ao mesmo período do ano anterior. “A questão da segurança é tema prioritário em 100% das reuniões que faço com executivos de empresas de todo porte, do setor privado ou público”, conta Adriana Viali, head da Oi Soluções. A executiva diz que as preocupações englobam prejuízos financeiros e de imagem e reputação. “As empresas estão acelerando ações para adotar ferramentas de segurança e garantir a proteção necessária para que o negócio continue operando e dentro da LGPD.”

A companhia também se baseia em dados da Kaspersky que mostram que o número de ataques cresceu cerca de 330% entre fevereiro e abril de 2020. Já um estudo da Allianz, que cita dados da Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, aponta que o Brasil foi alvo de mais de 3,4 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos entre janeiro e setembro de 2020.

Um dos pontos fracos da digitalização vista em 2020 está no home office. “Dentro do escritório tinha uma série de travas, mas no ambiente doméstico fica mais exposto”, diz Adriana, lembrando que todos os negócios são alvo em potencial. “Não importa se você é uma grande financeira ou um negócio de médio porte. Toda vez que você se expõe e tem tráfego, você está vulneravel.”

Em meio ao aumento de ciberataques, a empresa desenvolveu um antivírus – o Endpoint Security EDR – que combina inteligência artificial e machine learning para bloquear ameaças em tempo real. Fazendo uma comparação simples com as vacinas contra o novo coronavírus – tema que estamos há um ano acompanhando de perto -, é como se o antivírus, enquanto roda, identificasse as novas variantes que vão surgindo e já fizesse a adaptação para combater essa nova ameaça. “A IA faz um trabalho constante de monitoramento enriquecendendo a base. Em tempo real, ele identifica algum perfil diferente e já bloqueia, não espera ter o ataque para então se atualizar, como os antivírus anteriores”, explica Adriana.

Segundo a executiva, um dos maiores desafios em cibersegurança hoje é correr contra o relógio, por conta da expansão das operações e dos riscos. “Estamos mais vulneráveis hoje do que no passado, seguramente.” Com o histórico de monitorar grandes eventos, a empresa também acompanha as tentativas de ataques em tempo real, num mapeamento ao estilo ‘war room‘. “Essa experiência de operar grandes eventos possibilitou trabalhar esse crescimento [dos ciberataques]“, avalia Adriana.

A Oi Soluções projeta mais que dobrar os resultado de 2020 com projetos de segurança em 2021. “Existe a demanda. É um tema de estratégia de negócios, independente do porte. Não podemos matar a digitalização… mas fazer de forma segura e garantir confiança nas transações, manter rentabilidade dos negócios.”


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FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS

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