A estratégia de backup não pode estar amparada em um único pilar

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Não basta apenas ter cópias das informações. Um plano de Disaster Recovery se faz urgente em dias atuais

Alexandre Paoleschi*

Recentemente, testemunhamos o ataque com ransomware ao Superior Tribunal de Justiça. Pelas informações que chegaram ao conhecimento público por meio da imprensa, o STJ foi prejudicado com instabilidade ou indisponibilidade de algumas funcionalidades bastante acessadas do portal, das centrais telefônicas, dos drives e dos sistemas de informática e de integração. O restabelecimento dos canais e das tecnologias não foi imediato ou em um curto espaço de tempo.

Ainda não tenho conhecimento da origem do ataque e da extensão dos prejuízos no STJ. Mas esse não é o ponto central do meu texto. Retomei o caso para reforçar algo que acredito: a estratégia de backup nunca pode estar apoiada em apenas um pilar, como por exemplo realizar somente backup em disco. Quando este é o cenário, o cibercriminoso, após acessar o ambiente, pode criptografar as informações deixando a empresa proprietária dos dados totalmente refém, nas mãos do atacante.

O ideal é que a organização tenha em sua estratégia de gestão de backup um plano de Disaster Recovery. O plano se baseia no conceito de que não basta apenas ter cópias das informações. É preciso ter políticas claras de backup, acompanhamento contínuo das alterações de dados e um plano eficiente de recuperação de incidentes, com monitoramento das rotinas e tratativa das principais questões relacionadas à restauração de dados. Tudo de maneira automatizada e automática.

A empresa desprovida de uma boa gestão de backup está mais vulnerável a perder dados diante de ataques cibernéticos, e suscetível a desperdiçar tempo e recurso com tarefas manuais de cópias de segurança, falhas no processo de recuperação de dados e dificuldade para encontrar informações. Acredito que isso é tudo o que a empresa menos precisa nesse atual momento de trabalho distribuído, com um pedacinho da organização na casa de cada colaborador.

Perder acesso aos dados da empresa é algo inadmissível no mundo em que estamos. Hoje, mais do que nunca, os líderes de negócio precisam de informações, ferramentas e subsídios para a tomada de decisão. Ele não está ao lado de cada membro da equipe para, por exemplo, checar um dado, trocar insights ou complementar uma ideia. Os relacionamentos estão mais mecânicos, por meios digitais. Esse ambiente precisa funcionar de maneira fluida e com integridade dos dados, sem ruídos ou chance de interrupção do seu funcionamento.

A pandemia tem trazido muitos desafios para as empresas como um todo. Colaboradores de diferentes níveis hierárquicos precisaram se ajustar a um modelo mais autogerenciável, enquanto os líderes estão tendo que praticar a gestão à distância. Entre eles, há os adeptos ao trabalho remoto e aqueles desconfortáveis com o trabalho distribuído. Nas áreas de tecnologia e segurança da informação, a aceleração e transformação dos processos e projetos não para.

Em resumo: já temos novidades demais acontecendo no ambiente corporativo. É em cenários diversos e de constante mutação como esse que a gestão de backup eficiente também faz a diferença.

*Alexandre Paoleschi é CEO e Head of Innovation da KYMO

FONTE: CIO

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