Fiocruz tem eventos atacados por hackers em dois dias consecutivos

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No debate desta sexta-feira, sobre Saúde e Migração, os invasores inseriram uma suástica e ofensas contra os participantes, chamando os palestrantes de ‘pedófilos’ e ‘assassinos’. Depois, derrubaram a reunião. No dia anterior, em uma discussão sobre vacina contra a Covid-19, hackers escreveram mensagens de cunho machista e misógino e fizeram referência ao governo, com a frase ‘Bolsonaro 2022’.

Eventos promovidos pela Fiocruz foram alvos de ataques hackers em dois dias seguidos. Nesta sexta-feira, em um debate sobre Saúde e Migração, os invasores inseriram na tela uma suástica – símbolo comumente associado ao nazismo – e ofensas contra os professores participantes, chamando os palestrantes de ‘pedófilos’ e ‘assassinos’. Na quinta-feira, em um debate sobre vacina contra a Covid-19, os hackers xingaram as mulheres presentes com mensagens de cunho machista e misógino e fizeram referência ao governo atual, com a frase ‘Bolsonaro 2022’. 

O ataque desta sexta-feira ocorreu nos primeiros oito minutos do seminário, que era aberto ao público. No momento da invasão, havia mais de 40 participantes e quatro palestrantes participavam do debate. Os hackers escreveram xingamentos na tela de transmissão dos debatedores, deram ordem para eles se calarem e fizeram acusações falsas. Depois, derrubaram a reunião. O seminário era organizado pela Fiocruz de Salvador e será remarcado para outra data. 

Os ataques começaram na tela de transmissão do professor da Universidade Federal de São Paulo e da Santa Casa de São Paulo, Cássio Silveira. Ele conta que os ataques eram radicais.

‘Quando eu iniciei minha apresentação, imediatamente iniciaram textos sob os meus slides. Textos acusatórios, obscenos, coisas absurdas usando meu nome, usando o nome do professor Leonardo Cavalcanti. E também começaram a fazer projeção de imagens de pessoas brigando, dançando em um ambiente escuro. Era uma coisa muito tenebrosa. Fizeram também uma reprodução do símbolo da suástica’, descreve.

A organizadora do evento desta sexta-feira, Julia Pescarini, epidemiologista da Fiocruz de Salvador, diz que o invasor de ambos os seminários utilizava o mesmo codinome.

‘Uma das pessoas que fez o ataque de ontem (quinta-feira) também estava hoje (sexta-feira) e usava o nome de Gabriel Monteiro. Mas a gente foi olhar a lista de inscrição e é um e-mail que parece não ser real. É um ataque à ciência, um ataque às instituições, neste caso a Fiocruz, que representa a ciência e que representa talvez movimentos mais ligados à esquerda’, acredita.

A Fiocruz analisa os fatos e ainda está decidindo quais providências tomar como, por exemplo, acionar a polícia.

FONTE: CBN

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