Mais de 60% dos latino-americanos salvam arquivos de trabalho em serviços de nuvem pessoais aponta Kaspersky

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Pesquisa da Kaspersky revelou, ainda, que apenas metade dos funcionários da região tomam as medidas necessárias para proteger as informações que armazenam nesses serviços

Uma das maiores ameaças em consequência do home office nas empresas é a chamada Shadow IT (ou TI Invisível, em português), que é quando os colaboradores utilizam dispositivos, programas e serviços que estejam fora do controle da organização.

De acordo com estudo realizado pela empresa global de cibersegurança Kaspersky, em conjunto com a consultoria de pesquisa de mercado CORPA , 63% dos latino-americanos usam serviços de nuvem não corporativos para salvar arquivos de trabalho, seja para compartilhar com outra pessoa ou para facilitar o acesso.

Ao mesmo tempo, metade desses colaboradores admite não tomar medidas para proteger essas informações, seja por desconhecimento de como fazer, seja por não considerar necessário.

Segundo a pesquisa, quem mais utiliza a Shadow IT são os chilenos (70%), seguidos de perto pelos colombianos (69%). Em seguida, vêm os peruanos (62%), os argentinos (61%), os mexicanos (59%) e, por fim, os brasileiros (58%). Porém, quem menos protege essa informação são os peruanos (57%), seguidos pelos chilenos (53%), argentinos (50%), brasileiros (49%), mexicanos (43%) e colombianos (41%).

A apuração revelou ainda que, em geral, 50% dos colaboradores da região não eliminam documentos antigos salvos nos serviços de nuvem não corporativos. Os principais motivos alegados são: porque eles preferem mantê-los armazenados ou, simplesmente, apagar esses arquivos não está entre as suas prioridades.

Mais de um terço (36%) dos latino-americanos não exclui arquivos de trabalhos antigos, enquanto um em cada 10 não se lembra se ainda mantém os documentos de empregos anteriores.

Ainda com base nos dados da pesquisa, os menos cautelosos nesse aspecto são os colombianos (40%), seguidos de perto pelos peruanos (39%). Em seguida, vêm os brasileiros (37%), mexicanos (36%) e chilenos (35%) e, por fim, os argentinos, com 28%.

O estudo faz parte da campanha Iceberg Digital, realizada pela Kaspersky para analisar a situação da cibersegurança vivida por internautas em seis países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru), e revelar os riscos que empresas e usuários comuns correm quando navegam na web sem os cuidados necessários.

O objetivo é evitar que eles sejam vítimas de “icebergs digitais” (sites, aplicativos, links ou imagens que, à primeira vista, parecem inofensivos, mas que escondem ameaças obscuras).

Fácil acesso kaspersky

O estudo também revelou que um em cada quatro funcionários latino-americanos avaliaria conectar o dispositivo de sua empresa a uma rede desconhecida (como um aeroporto ou café, por exemplo) para obter uma conexão melhor. Mais uma vez, os argentinos lideram a lista, com 32%, seguidos pelos peruanos e colombianos, ambos com 27%. Enquanto isso, 21% dos mexicanos e brasileiros pensariam nessa alternativa.

Esses dados são especialmente preocupantes, pois 46% dos funcionários da região acessam sua rede interna de trabalho a partir de dispositivos pessoais, que, geralmente, não possuem os mesmos parâmetros de segurança dos dispositivos corporativos.

Roberto Rebouças, Country Manager Brazil da Kaspersky

“A Shadow IT reforça um conceito que estamos falando há muito tempo: cibersegurança não é apenas instalar um produto e focar no seu negócio. O que queremos dizer com isso é que as áreas de segurança corporativas hoje precisam entender o negócio e as necessidades dos funcionários para garantir a proteção de todos: pessoas, processos e dados”, explica Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil. 

“A descentralização de TI pode ser beneficial para as organizações, desde que, ela siga processos. Uma forma segura de fazê-la é homologar serviços, criando uma lista de aplicações autorizadas, e treinar/orientar os funcionários sobre como usá-las. Desta maneira, é possível atender às pessoas de forma mais rápido, sem perder controle da segurança.”

Para que as empresas e funcionários aprendam a lidar com os desafios da Shadow IT, a Kaspersky recomenda as seguintes ações:

• Lembre regularmente aos funcionários como cuidar dos dados confidenciais da organização. Por exemplo, usar apenas em serviços autorizados, habilitar as autenticações de segurança e não os compartilhar arquivos de trabalhos com terceiros não confiáveis.

• Ensine aos funcionários os princípios básicos de cibersegurança, incluindo não abrir ou armazenar arquivos de e-mails ou sites desconhecidos, pois podem ser prejudiciais a toda a empresa. Existem plataformas onlines, como a Kaspersky Automated Security Awareness Platform, para oferecer treinamentos de conscientização em cibersegurança.

• Para atender a novos desafios de segurança complexos definidos pelo aumento de ciberataques, desenvolva uma estrutura de segurança adaptável que seja escalonável e flexível.

Para obter mais informações sobre a Kaspersky Automated Security Awareness Platform, visite o site da Kaspersky .

FONTE: CRYPTO ID

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