CMA CGM suspeita de data breach na sequência do ciber-ataque de que foi alvo

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No fim de Setembro, a CMA CGM tornou-se na última companhia marítima a ser alvo de um ciber-ataque: a transportadora enfrentou um ataque cibernético que minou os seus servidores periféricos, levando a que vários sites do grupo ficassem inactivos na passada Segunda-feira. Agora, o grupo francês adianta que suspeita que o ransomware de que foi alvo possa ter provocado uma data breach.

De que se trata? Uma «data breach» significa uma fuga de dados importantes e confidenciais para um ecossistema não confiável. Apesar dos esforços imediatos da empresa, o ataque cibernético poderá mesmo ter resgatado informação vital. «Assim que a violação de segurança foi detectada, o acesso externo aos aplicativos foi interrompido para evitar que o malware se espalhasse», explicara a CMA CGM no passado dia 29.

Com grande parte da sua estrutura de TI paralisada (e a conexão com clientes interrompida de forma abrupta), a CMA CGM lutou durante toda a semana para que a normalidade fosse restaurada. «Uma investigação está em curso, conduzida pelos nossos especialistas internos e por especialistas independentes», anunciou a companhia. No dia 30 (Quarta-feira), foram restauradas grande parte das capacidades do grupo – segundo nota oficial, as reservas feitas durante o dia 27 de Setembro encontram-se íntegras e a serem processadas. Para lá dessa data, o cenário é ainda algo «incerto».

Este ataque digital pirata à companhia marítima não é novidade no domínio do Shipping: no Verão de 2017, a gigante Maersk foi alvo de um ransomware (chamado ‘Petya’) que abalou a sua estrutura e provocou perdas avultadas (matéria que a Revista Cargo acompanhou ao pormenor). A COSCO também já foi alvo de um ataque similar, tal como a MSC. O vírus ‘Ragnar Locker’, protagonista do ataque à CMA CGM, é um ransomware que afecta os dispositivos que executam sistemas operacionais Microsoft Windows. Foi detectado inicialmente no final de 2019.

FONTE: REVISTA CARGO

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