Já sofreu algum hoje? Brasileiros são alvos de 20 ataques cibernéticos por dia

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Os brasileiros estão constantemente na mira de cibercriminosos, com direito a pouco menos de um ataque contra usuários de nosso país registrado a cada hora. É o que revelou uma pesquisa da Kaspersky sobre o estado da cibersegurança na América Latina, que colocou o Brasil como um dos países mais atingidos do território, com cerca de 20 ataques diários e 56,2% de todos os registros da região.

Por mês, são cerca de dois milhões de tentativas de golpes analisadas pela empresa de segurança digital, com a maioria deles acontecendo contra nossos conterrâneos. O Brasil aparece na terceira posição no coeficiente de ataques diários, apenas apenas da Colômbia, com 21 registros, e da Argentina, com 22.

Aqui, entretanto, estamos falando apenas de usuários finais, com a Kaspersky apontando que ataques desse tipo estão crescendo na América Latina, apesar de os totais ainda estarem longe daqueles registrados no caso das corporações. Neste ano, 66,13% dos golpes digitais acompanhados pelos especialistas foram realizados contra empresas, enquanto 33,87% tentaram atingir os cidadãos.

Brasil é o país mais atingido por ataques digitais em toda a América Latina; 66,1% são contra empresas,
enquanto números de golpes voltados a usuários comuns segue crescendo (Imagem: Divulgação/Kaspersky)

É uma balança que acompanha o andamento da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e, ao mesmo tempo em que sistemas de home office e virtualização se tornaram a principal menina dos olhos dos hackers, os dados pessoais e, principalmente, financeiros das pessoas também ganharam importância especial. Novamente, surge o tema dos ransomwares, que permanecem sendo o principal vetor de golpes digitais durante o estado de isolamento social.

Os dados da Kaspersky mostram um total de cinco mil tentativas de sequestro todos os dias, com mais de 517,1 milhões de ataques desse tipo bloqueados pelos sistemas da empresa desde o início da pandemia. Novamente, o Brasil surge como o país com maior índice de risco da América Latina, com 63,1% dos golpes dessa categoria tendo sido registrados por aqui.

Dmitry Bestuzhev, diretor da equipe global de investigação e análise da Kaspersky para a América Latina, cita a família de malwares Dharma como uma das mais perigosas — e também a mais popular em ataques registrados na América Latina. Em diferentes variações, ela é capaz de se propagar tanto por e-mails de phishing que trazem executáveis quanto agindo diretamente contra servidores mal configurados. Além disso, aponta Bestuzhev, a praga pode ser programada para realizar ataques de força bruta contra infraestruturas a partir de listas de credenciais roubadas.

Ataques de ransomware tiveram pico entre março e abril, ainda nos primeiros meses da pandemia.
Especialista afirma que ameaças vieram para ficar (Imagem: Divulgação/Kaspersky)

Uma vez com acesso, o malware pode agir a partir de diferentes vulnerabilidades conhecidas em sistemas corporativos e domésticos e até mesmo desabilitar softwares de segurança para que possa se propagar pelarede sem ser detectada. Ao final de sua ação, e de acordo com a configuração feita pelos atacantes, é realizada a encriptação dos dados e o pedido de sequestro para recuperação ou, em alguns casos, de forma que as informações sensíveis não sejam reveladas publicamente.

O especialista ainda aponta que, apesar de o pico de ataques registrado em março não ter se repetido nos meses seguintes, a ameaça permanece constante e, acima de tudo, ganhando cada vez mais relevância. “A tendência é de que os ransomwares se tornem um dos padrões dos cibercriminosos, principalmente nos ataques a empresas”, completa Bestuzhev.

FONTE: CANALTECH

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