7 dicas para proteger as ferramentas de colaboração

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No início da pandemia, o Zoom estava entre as soluções de videoconferência mais utilizadas pelas empresas. Passados alguns meses, o uso de ferramentas de colaboração foi diversificado, à medida que as empresas colocaram essas soluções como prioridade na comunicação. Segundo dados da Aternity, entre fevereiro e junho deste ano, o acesso ao MS Teams aumentou 894%, enquanto o Zoom cresceu 677% comparado ao uso antes da pandemia.

Mais de 75 milhões de pessoas em diversos países utilizam o Teams diariamente. Em função desse crescimento na adesão, a Microsoft vem adicionando mais funcionalidades ao produto. Agora, conforme os funcionários estão mais familiarizados ??com essa facilidade tecnológica de compartilhamento, estão ainda mais suscetíveis ao descuido com a segurança e a proteção dos dados corporativos.

É importante ter em mente que quando falamos sobre chamadas em vídeo, o cuidado com os dados deve ir além da imagem e da voz dos participantes. As ferramentas de colaboração trazem benefícios para a produtividade durante esse período distante dos escritórios justamente porque é utilizada para compartilhar muito mais do que apenas um vídeo – essas interações envolvem quantidades significativas de dados confidenciais, incluindo dados pessoais.

Um estudo divulgado pelo Gartner em junho revela que os gastos globais com soluções de videoconferência devem crescer 24,3% em 2020, em virtude das atuais restrições às atividades presenciais causadas pela pandemia. O que significa algo em torno de US$ 4,1 bilhões comparado aos US$ 3,3 bilhões registrados no ano passado. Na mesma análise, o Gartner também prevê que encontros presenciais representem apenas 25% do total de reuniões corporativas até 2024, o que seria uma queda de 60% em relação a  essas atividades antes da pandemia.

É fundamental frisar que a responsabilidade da segurança na nuvem é compartilhada. A qualidade da solução fica por conta do fornecedor, e a forma como a segurança é aplicada e o comportamento de quem acessa são responsabilidades dos próprios usuários. Isso significa que a segurança é uma escolha de quem usa e não um padrão de fábrica.

Isso vale também para as ferramentas de colaboração e novos recursos. Por exemplo, dentro do Teams há capacidade limitada para controles em tempo real, o que significa dificuldades para impedir que algo aconteça a qualquer momento. Os controles nativos das ferramentas também costumam ser insuficientes para atender aos requisitos corporativos e regulatórios. Além disso, gerenciar a segurança e a proteção de dados no Teams significa que a equipe de segurança precisa gerenciar políticas em múltiplos produtos, gerando níveis de inconsistência e altíssima demanda por recursos.

E, já que o aumento da adoção dessas ferramentas deixou de ser um recurso emergencial e se tornou uma tendência, veja abaixo as dicas mais importantes para garantir uma proteção eficaz em ambientes de colaboração.

  1. Aplicar políticas de uso corporativo em múltiplas plataformas;
  2. Aplicar políticas granulares determinadas por usuário, localização, acesso e dispositivo;
  3. Controles em linha para proteger o tráfego de dados, assim como os dados em repouso, armazenados em algum dispositivo;
  4. Controles de segurança em tempo real para bloquear a exfiltração de dados antes que isso ocorra;
  5. Distinguir instâncias corporativas e pessoais utilizadas na nuvem para garantir que aplicações autorizadas na nuvem não se tornem um ponto fraco na proteção dos dados;
  6. Reconhecimento dos formatos de dados para permitir que as equipes de segurança bloqueiem, por exemplo, o compartilhamento de dados pessoais em canais de colaboração
  7. Abordagem de segurança proativa, com foco na prevenção contra malware e ameaças.

A evolução natural dos apps de colaboração e o aprimoramento de recursos e funcionalidades pelos fornecedores deve ser acompanhada por práticas ágeis de segurança. O recente recurso do Teams promete transcrições na íntegra de conversas em vídeo e áudio e, portanto, será fundamental que essa automatização dos dados não crie novas brechas para vazamento de informações confidenciais.

A partir de agora, é essencial que a colaboração e a segurança evoluam em sintonia no que se refere às novas práticas de trabalho. No geral, a segurança padrão não atende a todos os requisitos, e as empresas precisam buscar soluções modernas e nativas da nuvem, capazes de proteger o compartilhamento de informações nesse ambiente e proporcionando facilidade de gerenciamento aos profissionais do setor.

 Vinícius Mendes, diretor de vendas da Netskope.

FONTE: TI INSIDE

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