Investimento em cibersegurança é plano de 90% das empresas

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Nos dois próximos anos, mais de 90% das empresas planejam aumentar seus investimentos em segurança cibernética, e em quase 60% delas os gastos com esse tema irão superar US$ 250.000, tanto para a atualização de seus sistemas existentes quanto para a incorporação de novas tecnologias. Os números, anunciados ontem pela Fortinet, foram obtidos num levantamento feito pela empresa em julho deste ano, abordando os desafios na transição para o trabalho remoto, os investimentos realizados e os planos para o futuro.

Foram entrevistados diretores de TI de 17 países, incluindo Brasil, de 400 organizações públicas e privadas com mais de 2.500 funcionários de quase todos os setores, incluindo saúde, educação, energia, varejo, tecnologia, finanças e governo.

Os dados indicam uma continuidade do trabalho remoto em longo prazo, com quase 30% das organizações planejando manter mais da metade de seus funcionários nesse modelo em tempo integral mesmo após a pandemia. O estudo revelou que apenas 40% das organizações tinham um plano de continuidade de negócios em vigor antes da covid-19, e que, como resultado dela e da rápida mudança para o trabalho remoto, 32% passarão a investir mais nesse tipo de planejamento.

Quase dois terços das empresas pesquisadas tiveram de fazer a transição de mais da metade de sua força de trabalho para o home office. A maioria dos entrevistados disse que essa mudança representou um grande desafio para sua organização, especialmente para disponibilizar conexões seguras e acesso a aplicativos essenciais aos negócios. “Vimos o investimento em VPN, controle de acesso e segurança na nuvem crescer em pelo menos metade das organizações, assim como a busca por profissionais de TI qualificados”, comenta Frederico Tostes, country manager da Fortinet Brasil e VP de Cloud para a América Latina. “As empresas enxergaram muitos benefícios no novo modelo de trabalho, mas também sentiram um aumento significativo nas tentativas de ataques cibernéticos por conta da maior dependência do uso de dispositivos pessoais e do acesso de funcionários fora da rede corporativa. Nesse cenário, não apenas o investimento em tecnologia é fundamental para manter os dados seguros, mas também o treinamento e a conscientização constante de todos os funcionários em segurança cibernética.”

De acordo com a pesquisa, 60% das organizações revelaram um aumento nas tentativas de violação de segurança cibernética durante a transição para o trabalho remoto, enquanto 34% relataram violações reais em suas redes.

Embora as organizações tenham feito melhorias na proteção de suas forças de trabalho remotas desde o início da pandemia, os dados da pesquisa revelam diversas áreas que ainda devem receber investimentos para melhorar a conectividade remota segura. Os principais itens que serão aperfeiçoados são os seguintes:

• Autenticação multifatorial (MFA) – A pesquisa revelou que 65% das organizações tinham soluções VPN em vigor antes da pandemia, mas apenas 37% tinham autenticação multifator (MFA).

• Segurança de endpoint e controle de acesso à rede (NAC) – 76% e 72% das organizações planejam atualizar ou adotar soluções de detecção e resposta de endpoint (EDR) ou NAC, respectivamente. 

• Rede de longa distância definida por software (SD-WAN) para residências – 64% das organizações planejam atualizar ou adotar SD-WAN especificamente para home offices.

• Secure Access Service Edge (SASE) – 17% das organizações fizeram investimentos em SASE antes da pandemia e 16% investiram em SASE como resultado da pandemia. Ainda assim, 58% planejam investir em SASE até certo ponto no futuro. 

• Profissionais de segurança qualificados – No início da pandemia, apenas 55% das organizações tinham funcionários de TI qualificados suficientes para dar suporte à mudança para o trabalho remoto. E enquanto 73% das organizações declararam sua intenção de investir mais em profissionais de TI qualificados nos próximos 24 meses, a falta histórica de profissionais de segurança de TI qualificados pode representar um desafio.

FONTE: CISO ADVISOR

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