Telecom da Argentina é atacada e Monero é pedido no resgate

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Uma das principais empresas de telefonia da Argentina, a Telecom foi atacada por um ransomware que tem pedido Monero (XMR) como resgate. Em nota, a empresa afirmou que está buscando uma solução o mais rápido possível, pedindo que seus funcionários evitem algumas condutas até que a situação se normalize.

Em casos como esse, de fato, o acesso à rede da empresa costuma ficar bem lento e os clientes devem tomar cuidado. Vários casos semelhantes de ransomwares têm sido detectados, no Brasil e mundo, ao longo dos últimos anos, sendo considerado uma praga digital de alto impacto.

No final de 2019, por exemplo, o maior Data Center dos EUA sofreu um ataque de ransomware, prejudicando o acesso à internet de milhares de clientes. A Telecom da Argentina, última a ser afetada, já está em busca de solução para o problema.

Grande empresa de telecomunicações da Argentina, Telecom é atacada por ransomware que pede Monero como resgate milionário

Ao se deparar com uma mensagem de um ransomware, as empresas têm apenas uma certeza: o problema é grande. Isso porque, quando estes malwares se instalam, criptografam todos os arquivos, retirando dos usuários o acesso ao computador. O ataque é sofisticado e pode causar problemas grandes para empresas e pessoas.

Com sede na Argentina, e operações também no Paraguai, a Telecom foi o último alvo de um ransomware. Em nota, a Telecom afirmou que está em busca de soluções para reaver o acesso aos sistemas e normalizar suas operações.

Até que tudo esteja normalizado, a empresa, que presta serviços de telefonia fixa, celular (Telecom Personal), longa distância, transmissão de dados e internet na Argentina, está prejudicada. Para reaver o acesso aos arquivos, os hackers pediram U$ 7 milhões como resgate, cerca de R$ 40 milhões hoje, devendo ser pago em Monero (109 mil XMRs).

Esse valor, contudo, seria para a empresa pagar o resgate antes de 21 de julho, e o tempo está contando. Caso a Telecom não pague pelo resgate até a data estipulada pelos hackers, o preço irá subir para 218 mil Moneros, que daria U$ 14 milhões, ou R$ 80 mi.

Entretanto, em casos como esse, o pagamento não garante que a empresa terá os arquivos de volta. Além disso, caso tenha um backup atualizado, não compensa pagar pelo estelionato virtual.

“Criptomoeda da Deep Web”, Monero tem sido a preferência ao invés de Bitcoin

A primeira criptomoeda lançada com sucesso é o Bitcoin, que foi criado ainda em 2009. Após sua criação, uma série de crimes virtuais que eram cometidos associavam a imagem dessa criptomoeda.

Ao longo dos anos, em 2014, surgiu a criptomoeda Monero (XMR), que protege a identidade de seus usuários. Com mecanismos avançados de privacidade, é muito difícil rastrear quem está realizando transações com Monero, muito mais que no Bitcoin, que é pseudo-anônimo.

Dessa forma, a Monero tem sido considerada nos últimos anos a criptomoeda da Deep Web, e a preferida em ataques ransomware. A mineração de Monero também faz com que essa moeda seja a preferida dos hackers que criam malware para infecção.

Isso porque, com a Monero, basta um CPU de um computador para realizara a mineração da moeda. Em abril de 2020, por exemplo, foi descoberto que um malware que minerava Monero infectou pelo menos 35 mil computadores na região da América Latina, inclusive no Brasil. A culpa, é claro, não é da moeda, mas de quem a utiliza para cometer os crimes.

FONTE: LIVECOINS

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