Seguros de Riscos Cibernéticos ganham espaço com aumento do trabalho em home office

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Diretora de Ensino Técnico da ENS, Maria Helena Monteiro, mediou o debate com o especialista Flávio Sá

A pandemia da Covid-19 obrigou empresas de todo o mundo a adaptar suas operações para uma nova realidade, baseada no trabalho remoto. Para explicar como esse fato vem impactando o segmento de Seguros de Riscos Cibernéticos, a ENS promoveu, na última quarta-feira, live com o head de Financial Lines pela AIG Brasil e líder da prática de D&O para América Latina, Flávio Sá.

No encontro, conduzido pela diretora de Ensino Técnico da Escola, Maria Helena Monteiro, Flávio Sá destacou que, recentemente, cresceu muito a importância do Seguro de Riscos Cibernéticos, já que a adoção do home office pode deixar as companhias mais vulneráveis a fraudes por meios digitais. “Grande parte das empresas está operando 100% remotamente, é uma realidade atual. Os riscos cibernéticos já vinham aumentando muito e, agora, essa situação só piora”, alertou.

O especialista, que também é professor da ENS, explicou que parte das empresas não estava totalmente preparada para conviver com esse cenário. “Muitas tiveram que se adaptar, estabelecer diretrizes. Quando estamos no escritório temos uma rede segura e profissionais de segurança da informação que oferecem todo o respaldo necessário, o que pode não acontecer no trabalho remoto”.

De acordo com o executivo, o fato de alguns profissionais trabalharem com computadores pessoais traz uma exposição automática e aumenta ainda mais os riscos de ataques e fraudes cibernéticas. “Quando os funcionários usam o mesmo aparelho celular para trabalhar e se comunicar com o mundo externo, seja nas redes sociais ou por mensagens, há uma exposição dos dados corporativos”.

Além disso, sempre que existe uma crise é normal os fraudadores buscarem maneiras para cometer crimes e aumentar ganhos. “Com isso, crescem os incidentes cibernéticos, o que faz com que a situação fique ainda mais complexa”.

O cenário é muito preocupante para as empresas, segundo o especialista. “Grande parte ainda está entendendo quais são esses riscos e, com isso, estamos acompanhando uma evolução relevante deste segmento. O seguro tem um componente de serviço que só vai aumentar e vamos continuar trabalhando para termos cada vez mais especialistas falando sobre o tema”.

Profissionais qualificados

Ainda segundo o docente, até pouco tempo atrás a gestão de risco tradicional não incluía esse tipo de situação cibernética. “O que estamos encontrando cada vez mais é uma junção das habilidades, pessoas buscando uma qualificação técnica também em segurança cibernética. Então, vemos o profissional de gerenciamento de risco buscando entender de gerenciamento de crise, e o profissional de cyber security buscando o outro lado”.

Apesar disso, não faltam bons profissionais do ramo no País. “Os brasileiros estão entre os mais criativos. Mas também são muito criativos na hora de cometer os crimes. Acaba sendo uma faca de dois gumes“.

Maria Helena Monteiro ressaltou que este é um mercado em crescimento e oferece excelentes oportunidades, mas destacou que, para ser competitivo, é preciso se capacitar. “Para atuar nesse ramo é preciso se habilitar como corretor de seguros pela ENS e obter o registro na Susep. Depois, o caminho é se especializar e se qualificar para esse segmento que só vai crescer, sabemos disso”, finalizou a diretora.

Próximas lives

Segurança cibernética continua sendo tema em destaque na ENS, que realizará duas lives na próxima semana. A primeira acontecerá na segunda-feira, 25 de maio, e terá o diretor de Ensino Superior da Escola, Mario Pinto, e o head de Venda de Softwares, Serviços e Consultoria da IBM, João Rocha, debatendo o tema “O que todo gestor precisa saber sobre Cibersegurança”.

Já na quarta-feira, 27 de maio, o business influencer e professor da ENS, Rodrigo Maia, vai dar dicas sobre Empreendedorismo. Os interessados poderão acompanhar os eventos a partir das 17h, no perfil da ENS no Instagram: @oficial.ens.

Fonte: SEGS

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